21/04/2009

Meme?

Todos conhecemos memes, usamos memes e fazemos referências a eles - o problema é que não sabemos o que recebe esse nome. Pra começar, uma definiçãozinha:

Um meme, termo cunhado em 1976 por Richard Dawkins no seu bestseller O Gene Egoísta, é para a memória o análogo do gene na genética, a sua unidade mínima. É considerado como uma unidade de informação que se multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada (como livros) e outros locais de armazenamento ou cérebros. No que diz respeito à sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma autopropagar-se.
da wikipedia

Pois bem, mas o que tem a ver essa definição? Sabe aquelas piadas de internet (principalmente do youtube) que todo mundo fica repetindo?






Esses são dois vídeos que talvez sejam os primeiros memes brasileiros. Claro, já haviam antes, mas acredito que esses espalharam o costume do meme entre todas as pessoas que tinham o mínimo contato com a internet. Outros surgiram e continuam surgindo; um bastante utilizado no momento (advindo do programa Pânico na TV) é o "Ronaldo" - interessante, pois esse tem origem em outro meio, a televisão:



Sem graça alguma, mas que a repetição (forçada) tornou a expressão um fenômeno (com a perdão do trocadilho). Existe até um termo já utilizado para isso, que no meio internético o chamam de forced meme (meme forçado, como se vê).

Sem delongas, não vou ficar mais postando memes, pois seria um post infinito no blog, mas deixo um link que mostra os mais famosos no esfera da internet internacional, na forma de linha do tempo:


Internet Memes

10/04/2009

O mundo (nada viciante) dos jogos on-line

Aproveitando a deixa do post anterior (quanto tempo, não?), fica aqui a sugestão de um antro de perda de tempo chamado OMGPOP. Nesse site, os joguinhos em flash se juntam a uma rede social, tornando-os ainda mais viciantes. Além de simplesmente jogar sozinho, todos os jogos têm a opção de jogar em grupo, aumentando a diversão e a competitividade. Em sua maioria, são versões modernas de jogos como Tetris e Bomberman - só que, como disse, jogados on-line com outros jogadores.

Claro, o foco principal do site são os jogos em si, mas outros recursos como chat e ranking (sim, ao jogar você ganha experiência, e ao passar de nível novos recursos são abertos). Fica a recomendação para matar o tempo das tardes de domingo que custam a passar.

http://iminlikewithyou.com/

06/02/2009

RPG's e Escravidão: Gold Farming

O apetite da raça humana por dominar e ser dominada parece ser ilimitado. Cada novo modo de vida, cada estágio do desenrolar (gosto de evitar a palavra "evolução", que induz pensamentos errôneos aos leitores ingênuos) das sociedades humanas desfaz certas formas de alienação ao mesmo tempo que cria outras, geralmente tão brutais quanto as anteriores.
Na realidade brasileira, é conhecido o caso dos jovens jogadores de futebol que deixam o país para ganhar salários miseráveis jogando em times nos Butões e nas Cracóvias do mundo.

Já na China, outro tipo de jogo mantém multidões de jovens em regime de trabalho escravo. São jogos os multiplayer online de RPG, como World of Wracraft, Ragnarok e Tíbia. Nesse tipo de jogo os jogadores precisam de dinheiro virtual para comprar armas e todo tipo de melhoria para o personagem com que jogam. Os jogos criam economias virtuais inteiras. Aí é que entram os "gold farmers", como são chamados esses escravos.

Como a obtenção do dinheiro virtual demanda tempo (muito, muito tempo) e habilidade, alguns jogadores preferem comprar a moeda virtual (com dinheiro de verdade) dos gold farmers, adolescentes coreanos, chineses ou mexicanos que passam de oito à dezoito horas por dia jogando para obter o dinheiro corrente no RPG.

Os trabalhadores vivem uma espécie de câmbio bizarro entre o mundo virtual e o real. Os "gold farmers" muitas vezes são mantidos em alojamentos porcos em grandes cidades chinesas, trabalhando num ritmo alucinante para atender uma demanda bastante non-sense. A escravidão por dívidas também é comum, de forma que o trabalhador/jogador nem sempre pode deixar o serviço por espontânea vontade.

A maioria dos "gold farmers" vive na China. Embora pesquisadores de universidades americanas já tenham escrito teses sobre a vida miserável desses seres humanos, e até documentários já tenham sido feitos, os esforços da indústria de jogos contra esse tipo de exploração ainda são lenientes.


Se até mesmo os videogames (brincadeiras, afinal) propiciam esse tipo de alienação, haverá alguma manifestação humana livre de tal mal ?

Para mais informações:
http://en.wikipedia.org/wiki/Gold_farming
http://airdiogo.zi-yu.com/2008/10/02/warhammer-gold-farming-nao-obrigado/

09/01/2009

Super Obama World



Milhões, não apenas americanos, aguardam ansiosos pela posse de Obama. Enquanto muitos pelo mundo inteiro celebram sua pele pigmentada em vez de analisarem sua posição política, o futuro presidente é, antes de tudo, um símbolo pop. Obama já está estampado em camisetas espalhadas pela Índia, é copiado por máscaras japonesas que vendem aos milhares e até encontra o Homem-Aranha em uma HQ da Marvel Comics. Ele também rouba o papel do Mario, símbolo da Nintendo e ícone de vários consoles que estão entre os mais vendidos na historia dos vídeo-game, em um jogo virtual que imita Super Mario World. Para conferir o jogo basta acessar o site Super Obama World

08/01/2009

Comunidade no Orkut




LINK PARA NOSSA COMUNIDADE NO ORKUT:


http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=57272530

07/01/2009

Papercraft

Pode ser que esse hobby ainda seja pouco conhecido da maior parte da população, mas vem ganhando espaço, principalmente pelo quantidade de sites divulgando-o e colaborando com ele. Pra quem não conhece, papercraft consiste em montar figuras tridimensionais a partir de uma folha de papel. Certamente muitos já fizeram isso durante a infância, quando vinham formas geométricas nos famigerados livros de atividades (sim, aquelas revistas de pintar, que a sua mãe lhe dava para você não encher a paciência dela durante uma longa tarde de férias), ou então nas aulas de geometria, quando aprendiam geometria espacial.

Porém, o ofício se tornou ainda mais elaborado nos dias de hoje, como pode ser visto abaixo:




Como se vê, o maior foco dos criadores de papercraft são personagens marcantes da cultura pop, exatamente os ídolos de quem se interessa por esse tipo de coisa. É um dos maiores focos de trabalho de designers atuais, que os utilizam como uma divulgação simples, barata e acessível de suas obras.


Ferramentas? Tesoura, estilete e cola. Quase tão simples quanto comer uma maçã. E o melhor: qualquer um (claro que com um mínimo de paciência...) pode fazer. Segue uma lista dos que considero os melhores sites com modelos:

Sr. Fraude Papercraft - Blog que disponibiliza inúmeros modelos e ainda possui tutoriais e artigos bem bacanas explicando procedimentos básicos e que ferramentas utilizar.

cubeecraft.com - Na minha humilde opinião, é meu favorito. Talvez um tanto tendencioso, por ser leitor de quadrinhos e um tanto admirador do lado nerd da força. Cheio de modelos de personagens de quadrinhos, desenhos animados, jogos e filmes, nenhum deles precisa de cola
para a montagem.

RecorteCole - Brasileiro como o Sr. Fraude, o site (infelizmente pouco atualizado) disponibiliza modelos mais avançados, como aviões e tanques

Papekura Designer - Link para download de Software que permite a criação de modelos 3D e a transformação deles para formatos imprimíveis.

PaperKraft.net - Blog de referência, com diversos links para as mais variadas fontes.

Paper Critters - Também o considero divertidíssimo. Disponibiliza uma ferramenta on-line de criação de modelos próprios, com uma imensa biblioteca de adereços a serem colocados, além de uma imensa galeria de critters criados pelos usuários.

31/12/2008

Os Invisíveis - Grant Morrison

Os Invisíveis é uma história em quadrinhos semi-autobiográfica (por mais absurdo que isso pareça, como será visto daqui pra frente) escrita por Grant Morrison e publicada nos anos 90. Chegou a se tornar líder de vendas do selo Vertigo, ultrapassando outras HQ's de maior sucesso durante tempos.

E aí é a hora em que se faz cara feia e se pergunta "-Hm, e aí?".


Pois bem, é uma das séries mais surpreendentes que já tive a oportunidade de ler. A história fala sobre uma célula anarquista que pretende libertar a população. Clichê? Não quando o foco de revolta deles são seres transdimensionais, que dominam a terra com poderes mágicos. Talvez esse enredo seja um tanto bobo, porém, na forma que é contada se transforma numa trama deveras interessante.

Primeiramente, os integrantes da célula são: King Mob, expert em artes psíquicas ocultas; Boy, uma ex-policial; Lord Fanny, um travesti carioca com poderes xamânicos; Ragged Robin, uma feiticeira taróloga que jura ter oito anos de idade; e Jack Frost, um violento estudante inglês que é considerado o novo Buda.


Mas sim, dado o resumo da novela, o ponto que quero chegar que talvez deixe os leitores mais instigados é a acusação de plágio feita por Morrison aos irmãos Wachowski por utilizarem os conceitos apresentados por ele no hollywoodiano Matrix. E a razão do autor pode ser notada ao ler rapidamente os quadrinhos - existe uma droga que faz despertar para a realidade, os integrantes se projetam em diversos lugares para agirem, lutam artes marcias da mesma maneira que Morpheu, Neo e Trinity. Todo o pessimismo quanto ao futuro, as mitologias e a metafísica que se encontra em Matrix também pode ser encontrada n'Os Invisíveis. Sem contar os rumores nos quais os diretores de Matrix rodavam o set de filmagem com as revistas em mãos e ordenando a todos como deveria ficar. A diferença, que no fim é pequena, é que Grant usa ocultismo, e não tecnologia, como forma de dominação dos seres humanos.

Recomenda-se a leitura, ainda mais para aqueles que não são muito crentes na realidade (:

28/12/2008

I'm Not There.

Bem, não é exatamente um filme que esteja em cartaz ou um lançamento a ser conferido. Porém, pelo primor da obra, posto aqui para recomendá-la a todos os leitores do Metroctopus.

O filme,
I'm Not There. (cuja grafia, preferi manter a original), para os desinformados, conta a história da vida do cantor folk Bob Dylan, que, no andar da carruagem, já se tornou uma lenda viva na história da música do século XX. Afinal, quem aqui nunca ouviu falar que foi esse maroto que fez os Beatles experimentarem maconha? (transformando a musicalidade dos antes bons moços - antes sempre barbeados...)

Mas, falando do filme. Dirigido por Todd Haynes e estrelado por nomes grandes como Heather Ledger (talvez só tão aclamado por sua morte, mas, enfim...), Richard Gere, Christian Bale e Cate Blanchett, o filme mostra diferentes facetas do mesmo músico. De um rapagote negro que viaja clandestinamente em trens cantando blues a um foragido no velho-oeste. Temos também o cantor ativista que desiste da carreira para se tornar pastor e o jovem rapaz que veio da fazenda em busca de um emprego. E, por fim, a estrela ensimesmada da música com senso de humor ácido e o ator apaixonado.



Todas essas facetas nos revelam diferentes focos que o famoso Dylan assumiu, porém, talvez, sem perder sua unidade. No filme de 2007, as estórias dos seis acima aparecem cortadas, mostrando sempre diferentes características assumidas pelo homenageado, todas elas embaladas por uma belíssima trilha sonora feita pelo próprio.

I'm not there se aproxima bastante do estilo de filme apresentado por Velvet Goldmine, do mesmo diretor. Histórias ficcionais apresentando com muito bom gosto uma história real.

Deixo a recomendação não só aos fãs de Dylan, obviamente. Toda a beleza do filme, a fotografia que casa perfeitamente com o fundo musical, sem contar as histórias entrecortadas que são belíssimas. Mas, claro: Para quem gosta do rapaz (que não é mais tão rapaz assim), é uma emoção que se duplica.